terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pra Fechar Este Ano... Seleção ANDF 1

Desta vez, não se trata de uma coletânea lançada por alguma gravadora. Não, mesmo!
Este é um apanhado de músicas achadas por este simples comentarista blogueiro.
A ideia de montar e expor uma lista de músicas aqui, "martelava" minha mente há meses.
E veio com tudo após, um dia antes da véspera deste último Natal, quando fui, escutando meu iPod (MP4), ao bairro comercial Centro (Porto Alegre-RS) pra comprar uma camiseta, aturando aquele "formigueiro humano" e conversar com (o colunista colaborador deste blog) JSouza. Além de (também) vender fanzines e trocar presentes com o mesmo.
Isto pode até originar uma nova coluna. E vou começar com uma ficha e uma seleção do...
Duran Duran

Banda inglesa surgida em Birminghan (1978), sendo uma das mais marcantes e influentes no movimento new wave/new  romantic dos anos 1980. Seu nome foi inspirado no vilão e cientista louco Dr. Durand Durand (Milo O'Shea), do filme (baseado em quadrinhos) Barbarella (1968... aquele com a Jane Fonda).
Eram (e ainda são) ousados em alguns de seus videoclipes pela presença de modelos (mulheres, tá?!). Seu mais recente álbum (All You Need is Now), saiu em 2010.

Integrantes: Simon Le Bon (vocal), Nick Rhodes (teclados), John Taylor (baixo e guitarra) e Roger Taylor (bateria)

Ex-integrantes: Andy Taylor (guitarra), Stephen Duffy (vocal), Sterling Campbell (bateria) e Warren Cuccurullo (baixo)

Nomes das músicas em ordem alfabética e de onde são: A Matter of Feeling (Notorious, 1986)/ A View to We Kill (single e música-tema do filme 007- Na Mira dos Assassinos, de 1985) / Come Undone (Duran Duran ou The Wedding Album, 1993)/ Electric Barbarella (Medazzaland, 1997)/ Falling Down (Red Carpet Massacre, 2007)/ Girls on Film (Duran Duran, 1981)/ Hungry Like a Wolf (Rio, 1982)/ Is There Something I Should Know (single de 1983)/ Lay Lady Lay (cover de Bob Dylan), de Thank You (1995)/ My Own Way (Rio, 1982)/ New Moon on Monday (Seven and the Ragged Tiger, 1983)/ Notorious (Notorious, 1986)/ Ordinary World (Duran Duran ou The Wedding Album, 1993)/ Perfect Day (cover de Lou Reed), de Thank You (1995)/ Planet Earth (Single Version, de Duran Duran, 1981)/ Rio (Rio, 1982)/ Save a Prayer (Single Version) e Save a Prayer (Rio, 1982) / The Chauffeur (Rio, 1982)/ The Reflex (Seven and the Ragged Tiger, 1983)/ The Wild Boys (único single de estúdio lançado no disco ao vivo Arena, de 1984) / Too Late Marlene (Big Thing, 1988)/ Union of The Snake (Seven and the Ragged Tiger, 1983)/ Violence of Summer (Love's Taking over), de Liberty (1990)/ What Happens Tomorrow (Astronaut, 2004) 

Quero dedicar este clipe ao meu colaborador JSouza:

E este, ao meu pai:

FELIZ ANO NOVO!!!



Fontes: Wikipédia (Brasil e EUA), Youtube

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

1989: O Ano Mais Hardcore!, por JSouza

Vou resumir alguns fatos que aconteceram depois da minha "expulsão" do apartamento. Bom, fui morar numa pensão no bairro Cambuci (SP), que era frequentada por latinos e moradores do interior. Minha saúde começou a se deteriorar e, para melhorar, eu tomava um conhaque todas as manhãs.
Fui contratado como editor de arte da CEA Editora, mas nunca me pagaram. Não comia comida, minhas refeições eram sempre xis-burguer. Continuei andando de skate, sempre descendo a Lins de Vasconcelos.
Meus "amigos" não me comprimentavam mais, nem no ônibus. A vida estava uma merda até que encontrei um zine jogado na rua.
         Alguns dias depois, eu estava batendo na porta de um escritório de advocacia com profissionais negros. O local ficava em frente ao DEIC, o que era uma piada. Lá funcionava a COB/AIT, ou melhor, o Núcleo pró-COB, já que esse sindicato ainda não se formara. Dentro da COB havia a Juventude Libertária, que era o meu interesse. Os militantes estavam reunidos e me olharam com desconfiança. Perguntaram o que eu queria. Cícero Barbosa Junior respondeu: "Não estão vendo que ele é um Punk?"
No dia seguinte, eu já estava no Parque da Luz, para assistir o meu primeiro show de HC verdadeiro. Até então, eu só conhecia coisas como Replicantes ou Billy Idol.
De repente, eu ouvia bandas desconhecidas como Restos de Nada e que cantavam exatamente aquilo que eu pensava. Logo, eu estava completamente envolvido com o Movimento, tanto em termos visuais como ideológicos.
Minha primeira "banca" foi o Clubinho do Limão, frequentado pelos Punks da Cidade (a gangue mais perigosa da época). Ao mesmo tempo, fui convidado para morar na Casa da COB, na Vila Pompéia. Houve uma reunião de punks da Cidade e do Subúrbio, mas que não passou de uma armadilha dos Punks da Cidade. Eles foram humilhados e até eu me dei mal. Fui jurado pela Cidade e me uni ao Subúrbio, que eram anti-drogas.
Em casa, festa todo o dia e muitas mulheres. Passei minha "banca" para Diadema e geralmente, dormia no chão de uma biblioteca. Lá, nós fomos atacados pelos Carecas e eu me vi como líder dos Punks. Em Santo Amaro, fui convidado para ser vocalista da TNV(Tesão, Neurose e Violência) e aceitei. Mas, minhas bebedeiras, assédio a namorada dos outros e brigas com amigos me condenaram. Fui deixado na Praça da República e espancado pelos Carecas. A coisa ia piorando até eu conhecer Helaine Kim.
Era uma festa hippie e eu queria transar com uma americana, mas não consegui e os meus camaradas estavam trovando uma das hippies. Não falei nada, bebi mais vinho e cheguei beijando. Seu nome era Kim e transamos debaixo da cama, enquanto a galera via clips do RxDxPx. Mudei bastante: menos bebida, mais treinos de Hapkido, andando sempre armado, peitando a carecada nos ônibus.

Ainda era um cretino: durante a semana traía a pobre Kim e recebia cheques frios. Me tornei bastante radical, principalmente em relação aos "traidores" como Redson e João Gordo(que correu de mim na República).
Meu auge foi ir para a frente de uma delegacia e não ser preso. Também tínhamos um pacto: bateu num dos nossos, apanha de todos. Ironicamente, ouvíamos coisas que não tinham nada de punk. Ouvia muito funk antigo, rap (Thaide e DJ Hum)...

...e Biquini Cavadão ("abaixo").
Mas, minha malandragem não durou muito.
Um dia, Kim não veio e nem veio no outro... e Tony Fernandes ("aquele? O atual blogueiro e colunista?") me mandou embora ao mesmo tempo que os amigos eram demitidos. Collor roubava a poupança dos velhinhos e eu perdia o amor da minha vida. Alguns de nós beberam, alguns se picaram, outros comeram a mulher dos amigos. Enfim, era o fim da ilusão anarquista e o começo de uma certeza: o Niilismo libertava.
Despejados da casa, partimos rumo a Juréia, decididos a criar galinhas e porcos. Houve um vendaval, um amigo a menos e apenas um saco de arroz. Roubamos para sobreviver, fomos caçados por paramilitares e nos isolamos. Isaac ("quem?") voltou e nos levou para Iguape, onde liguei para o velho, desesperado. A grana entrou na conta, fomos para o melhor restaurante e pedimos o melhor prato. Passamos mal e voltamos para Sampa.
Cada um foi para sua baia e eu, constrangido, voltei para a Pompéia. Fui morar com a minha" amante" de uma noite só.
Era um freelancer da Editora Ondas, mas não conseguia trampar. A vegetariana me infernizava dia e noite. Tinha duas opções: ou matava ela ou ligava pro velho novamente. Deixei minhas coisas na casa de Clemente, para nunca mais buscar. O sonho tinha acabado.

Esta foi mais uma história instigante, espantosa e barra-pesada do "guerrilheiro desarmado não-desalmado" Jerônimo de Souza.

Com relação a isso tudo... o que tenho a dizer? PUTA MERDA!

Edição, fotos, vídeo, adições e indagações entre aspas dentro de parênteses e este posfácio "cagalhão": ANDF

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os Barbudões Texanos e Roqueiros

Desde criança, eu já reconhecia sua sonoridade de algum lugar. Isso em se tratando da música Gimme All your Loving. Me refiro a esta banda americana que surgida em Houston (Texas), no ano de 1969 (outra que é mais velha do que eu pensava!!). E seguem até hoje, com todos os integrantes originais!!
Com um som bem alto, sem "dinamitar" os ouvidos, além de um ar debochado e excêntrico, o ZZ Top também se destaca pelo visual "pseudo-motoqueiro de óculos escuros" e por dois deles serem hiper barbudos. Já foram até satirizados num álbum do Roko-Loko, do cartunista paulista Marcio Baraldi.
Hehehe!!!

Este "disco" saiu bem antes de Um Drink no Inferno, que tem 2 músicas da banda.

Integrantes: Billy Gibbons (vocal e guitarra), Dusty Hill (baixo, teclados, vocal) e Frank Beard (bateria)

Faixas desta coletânea: 1.Gimme All your Loving/ 2.Sharp Dressed Man/ 3.Rough Boy/ 4.Tush (Six Pack Remixed Version) / 5.My Head's in Mississippi/ 6.Pearl Necklace/ 7.I'm Bad, I'm Nationwide/ 8.Viva Las Vegas/ 9.Doublepack/ 10.Gun Love/ 11. Got Me Under Pressure/ 12.Give It Up/ 13.Cheap Sunglasses/ 14.Sleeping Bag/ 15.Planet of Women/ 16.La Grange/ 17. Tube Snake Boogie/ 18.Legs (Remix Version)

Sobre as músicas: Faixas 1, 2, 11 e 18 são de Eliminator (1983). Faixas 3, 14 e 15 são de Afterburner (1985). As faixas 4 e 16 vieram de The ZZ Top Six Pack (1987). Faixas 5, 9 e 12 são de Recycler (1990). Faixas 6 e 17 são de El Loco (1981). Faixas 7 e 13 são de Degüello (1979). As faixas 8 (que é uma regravação) e 10 são exclusivas desta compilação (1992).

Gravadora(s): Warner Bros. (1992)

Fonte(s) de consulta: Wikipédia (Brasil e EUA), Amazon.com

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

1988: A Chegada na Metrópole, por JSouza

Após me formar em Publicidade, decidi ir para Sampa.
Por volta de agosto, rumei para um apartamento no bairro Aclimação. Lá moravam alguns amigos do velho. Havia três garotos: Alexandre, Flávio e Vini. Era um edifício chique (hoje está um bagaço) com piscina e salão de festas.
Havia também uma quadra de futebol, onde eu sempre estava. Rolavam muitas reuniões dançantes e o bocó se apaixonou de novo.
O que tocava nessa época? Todas as músicas do Cabeça Dinossauro e só. Foi assim até o dia em que um casal descolado nos convidou para ver VHS no apê deles. O sujeito, uma espécie de mentor nosso, nos apresentou para os LPs do The Communards ("foto, abaixo") e Jimmy Sommerville. De quebra, ganhamos alguns refrescos.

Chegou o dia em que fui convidado para o matinê na Rua Augusta (hoje um local de putas) numa baita danceteria. Tio Sidney viria nos buscar. Para meu espanto, estava rolando The Clash e muito pogo ("pagode? Hehehe!"). Ainda assim era um programa de índio.
Resolvemos ir a Santo André, num show com várias bandas, inclusive o Marcelo Nova (Camisa de Vênus). De repente, surge Raul Seixas ("abaixo") no palco. Aquele seria seu último show.

Comecei a andar de skate e ouvir Ratos de Porão. Conheci um sujeito chamado Gualberto Costa que me convidou para o lançamento da Monga.
Na porta do ("Madame") Satã, encontrei Edgard Scandurra ("vocalista e guitarrista do IRA!"), que estava sendo barrado. Eu, o zé mané, tinha um convite. Gual me chamou e me apresentou para um cara chamado João Gordo ("vocalista do Ratos de Porão, ex- vj da MTV e atual apresentador da Record").
Desci no porão para o show do Odore di Figa (que fim levou?). Bom, depois daquela noite decidi que não ia mais ficar socado naquele apartamento.
Comecei a freqüentar o Dama Xóc e o Rose Bombom, sempre em busca de um bom Punk Rock. Nessa época ainda bebia muito pouco.
Essa mistura de LPs do RxDxP com saídas no sábado acabou causando minha expulsão do apartamento. Estava em São Paulo e sem ter onde morar.
Havia me tornado um anarquista.

Que fim levou, mais tarde, o baladeiro e desbravador Jerônimo? Só o mesmo dirá!

Fotos, edição, algumas frases e informações entre parênteses com aspas, vídeo e mini-posfácio de (claro!): ANDF

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Não Parem as 7 Maravilhas Que Chegaram a Pedir um Abraço

Certo... Esta foi minha outra tentativa (babaca!) de se criar um título absurdo, usando justamente títulos de músicas como numa postagem de outro blog, sobre The Smiths.
Neste caso, com músicas (conseguem adivinhar quais?) de uma banda britânica surgida em Londres (em 1967), graças a dois ex-integrantes (Peter Green e John McVie) do grupo John Mayall's Bluesbreaker e que segue sua carreira até hoje.

Integrantes:  Steve Nicks (vocal), Lindsey Buckingham (guitarra, vocal), John McVie (baixo) e Mick Fleetwood (bateria, percussão)

Ex-integrantes: Peter Green (vocal, guitarra), Bob Brunning (baixo), Jeremy Spencer (vocal, guitarra), Danny Kirwan (vocal, guitarra), Christie McVie (teclado e vocal, irmã de John McVie), Bob Welch (vocal, guitarra), Dave Walker (vocal), Bob Weston (guitarra), Rick Vitto (vocal, guitarra), Billy Brunette (vocal, guitarra), Bekka Bramlett (vocais) e Dave Mason (vocal, guitarra)

Esta interessante coletãnea é a versão européia e australiana, com ordem diferente da que foi lançada no Estados Unidos. E também destaca a fase setentista/oitentista da banda.
Faixas: 1-Rhiannon/ 2-Go Your Own Way/ 3-Don't Stop/ 4-Gypsy/ 5-Everywhere/ 6-You Make Loving Fun/ 7-Big Love/ 8-As Long as You Follow/ 9-Say You Love Me/ 10-Dreams/ 11-Little Lies/ 12-Oh Diane/ 13-Sara/ 14-Tusk/ 15-Seven Wonders/ 16-Hold Me/ 17-No Questions Asked
Algumas destas músicas também costamavam ser tocadas na Antena 1 e eu não sabia que eram da banda.

Sobre estas canções: Faixas 1 e 9 saíram do disco que leva o nome do grupo (1975). Faixas 2, 3, 6 e 10 vieram de Rumors (1977). Faixas 4, 12 e 16 são de Mirage (1982). Faixas 5, 7, 11 e 15 vieram de Tango in The Night (1987). Faixas 13 e 14 são de Tusk (1979). As faixas 8 e 17 são singles exclusivos deste álbum (1988).

Gravadora(s): Warner Bros. (1988)

Fontes de consulta: Wikipédia (Brasil e EUA)