quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

1988: A Chegada na Metrópole, por JSouza

Após me formar em Publicidade, decidi ir para Sampa.
Por volta de agosto, rumei para um apartamento no bairro Aclimação. Lá moravam alguns amigos do velho. Havia três garotos: Alexandre, Flávio e Vini. Era um edifício chique (hoje está um bagaço) com piscina e salão de festas.
Havia também uma quadra de futebol, onde eu sempre estava. Rolavam muitas reuniões dançantes e o bocó se apaixonou de novo.
O que tocava nessa época? Todas as músicas do Cabeça Dinossauro e só. Foi assim até o dia em que um casal descolado nos convidou para ver VHS no apê deles. O sujeito, uma espécie de mentor nosso, nos apresentou para os LPs do The Communards ("foto, abaixo") e Jimmy Sommerville. De quebra, ganhamos alguns refrescos.

Chegou o dia em que fui convidado para o matinê na Rua Augusta (hoje um local de putas) numa baita danceteria. Tio Sidney viria nos buscar. Para meu espanto, estava rolando The Clash e muito pogo ("pagode? Hehehe!"). Ainda assim era um programa de índio.
Resolvemos ir a Santo André, num show com várias bandas, inclusive o Marcelo Nova (Camisa de Vênus). De repente, surge Raul Seixas ("abaixo") no palco. Aquele seria seu último show.

Comecei a andar de skate e ouvir Ratos de Porão. Conheci um sujeito chamado Gualberto Costa que me convidou para o lançamento da Monga.
Na porta do ("Madame") Satã, encontrei Edgard Scandurra ("vocalista e guitarrista do IRA!"), que estava sendo barrado. Eu, o zé mané, tinha um convite. Gual me chamou e me apresentou para um cara chamado João Gordo ("vocalista do Ratos de Porão, ex- vj da MTV e atual apresentador da Record").
Desci no porão para o show do Odore di Figa (que fim levou?). Bom, depois daquela noite decidi que não ia mais ficar socado naquele apartamento.
Comecei a freqüentar o Dama Xóc e o Rose Bombom, sempre em busca de um bom Punk Rock. Nessa época ainda bebia muito pouco.
Essa mistura de LPs do RxDxP com saídas no sábado acabou causando minha expulsão do apartamento. Estava em São Paulo e sem ter onde morar.
Havia me tornado um anarquista.

Que fim levou, mais tarde, o baladeiro e desbravador Jerônimo? Só o mesmo dirá!

Fotos, edição, algumas frases e informações entre parênteses com aspas, vídeo e mini-posfácio de (claro!): ANDF

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