terça-feira, 12 de maio de 2015

Rádios Vêm e Vão

Não costumo debater sobre notícias por aqui, mas...

11/05/15: Estava na casa de uma tia e... fuçando no meu celular pra espiar no Facebook, vi umas reclamações de um amigo. Fiquei um tanto surpreso quando se espalhou links com a notícia de que a rádio porto-alegrense (criada em 1983) Ipanema FM iria fechar. Espia só:
http://www.sul21.com.br/jornal/grupo-bandeirantes-decreta-o-fim-da-radio-ipanema/
Pois é...

Em meio a xingamentos, lamentações, protestos, conformismos... não vou ficar choramingando ou repetindo que a estação foi vítima de tomadas comerciais ou que já estava "em coma, respirando por aparelhos".
Escutei bastante a Ipanema, tanto quando trabalhava num escritório quanto em casa. Gostava de ouvir o Cena de Cinema (do Renato Martins), o Dinâmico, o Hot Club do Mutuca, o Atari Hits (que virou Ping Pong)... os radialistas (muitos que foram saindo) Mary Mezzari, MutucaPancho, TiozinhoAlemão Vitor HugoKátia Suman, Cláudio CunhaPiá, Cagê...

Quando adolescente, raramente eu escutava. Achava que era uma rádio pra drogados. Não sei porque. Era um lesado desinformado e sem noção, mesmo!
Lembro de um programa de nome curioso (Músicas Tranquilas para Pessoas Nervosas) que era apresentado (se não me engano) pela Kátia.
Devia ser na mesmo emissora, o Ô de Casa, que chegou a entrevistar o jornalista Ticiano Osório... que escrevia bastante sobre hq's, na Zero Hora.

Eu que não perdi tempo, digitando/condenando sobre o fim da emissora. O mesmo aconteceu com a MTV Brasil, que virou uma TV a cabo. E a extinta Pop Rock (ex-Felusp), então... que já era bastante comercial e eu tinha parado de escutar... meses depois, fiquei (um tanto surpreso e) sabendo que (em 2013), virou a Mix FM RS.

Como a Ipanema FM agora é uma web rádio, a única que deve ainda ter "aquele jeitão alternativo", é a Unisinos FM, que também curto, mesmo não sendo um ouvinte assíduo.

Assim como a televisão, rádio não foi eclipsado totalmente pela internet, por ser um meio de comunicação bastante popular, no bom ou mau sentido. Mas, até quando?

E no mais, pra que perder mais tempo mandando os diretores da Rede Bandeirantes irem sentar na mandioca ou enfiar pepino por onde sai o cocô?!
Troquem de estação, ouçam cd's, vinis, fitas ou carreguem um pen drive com sua própria seleção, pô! 

3 comentários:

  1. Para sua resposta, reproduzo um pensamento que, se é feito para a Segunda Guerra, serve para todos os "conformistas"como você: Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
    Como não sou judeu, não me incomodei.
    No dia seguinte, vieram e levaram
    meu outro vizinho que era comunista.
    Como não sou comunista, não me incomodei.
    No terceiro dia vieram
    e levaram meu vizinho católico.
    Como não sou católico, não me incomodei.
    No quarto dia, vieram e me levaram;
    já não havia mais ninguém para reclamar...

    Martin Niemöller - 1933 - Símbolo da resistência aos nazistas.

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  2. Tudo o que um dia foi bom, se transforma, cedo ou tarde, e a tendência é sempre para pior, é inevitável. O emboloramento das coisas é algo natural da vida, mas a gente sempre pode se renovar, é uma questão de escolha, embora nem sempre o bom senso prevaleça.

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  3. Estou tentando relembrar quem apresentava o Músicas Tranquilas. Acho que não era a Kátia, era um homem.

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